quinta-feira, 2 de outubro de 2008


Brincar é também um ato de aprendizagem.


Será que a criança está brincando apenas quando pega um carrinho ou quando inventa histórias com uma boneca? Essas são, sim, formas de brincar, mas existem outras bem mais simples e que passam por nós quase despercebidas no dia-a-dia.Ao mudar objetos de lugar, esfregar a mão na mesa, brincar com bichos ou jogar uma caneta para o ar, a criança, além de brincar, está conhecendo o mundo ao seu redor por meio de seus sentidos. Muitas vezes, comportamentos como esses são repreendidas e condenadas por serem considerados "traquinagens". Entretanto esses momentos contribuem para a formação da criança tanto ou mais que brincadeiras com brinquedos industrializados.O importante é que pais e educadores dêem liberdade às crianças para que elas possam se expressar e vivenciar novas experiências. Por outro lado, a criança também deve perceber que limites existem e são necessários.
No brincar espontâneo, na "fantasia", a criança exterioriza sua realidade interior, libera sentimentos e expressa opiniões. Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Por isso, a brincadeira tem um papel decisivo nas relações entre a criança e o adulto, entre as próprias crianças e entre a criança e o meio ambiente.Brincando, a criança pode vivenciar uma mesma situação diversas vezes. Isso, além de permitir que ela repita brincadeiras que lhe dão prazer, possibilita que ela solucione problemas e aprenda processos e comportamentos adequados. Há uma grande preocupação com a formação da criança. Pais e educadores buscam meios de torná-las responsáveis, equilibradas, atenciosas, trabalhadeiras e esquecem-se de que o brincar pode, justamente, ser uma ferramenta para que a criança desenvolva essas qualidades.
A criança se espelha naqueles que cuidam de sua educação, portanto é importante que pais e educadores mostrem a ela que brincar é algo divertido e valorizado. Participe das fantasias! Isso estimulará suas crianças a soltar a imaginação.Toda criança tem seu próprio ritmo, inclusive para brincar. Isso deve ser levado em consideração para que o ato de brincar não se torne uma atividade estressante. Vivenciar experiências com prazer é, muitas vezes, mais importante que concluir tarefas com eficiência. A criança precisa de tempo e espaço para brincar. Cabe a pais e educadores balancear o tempo destinado à brincadeira na escola, em casa, na rua, em parques, etc. O importante é que a criança tenha tempo para brincar em vários tipos de espaço. A riqueza de oportunidades seja em relação ao tempo, seja em relação à variedade do espaço, contribui decisivamente para o desenvolvimento infantil.Os companheiros de brincadeira também são muito importantes. Diferentes companhias geram diferentes tipos de brincadeiras e estabelecem diferentes relações com a criança. Portanto é interessante que a criança brinque com amigos da mesma idade, amigos mais velhos e mais novos, pais, familiares, vizinhos, etc. Cada uma dessas pessoas pode estimular coisas diferentes numa criança, diversificando sua relação com o mundo em que vive. É interessante, também, que a criança seja capaz de brincar sozinha, usando sua imaginação para criar e organizar situações novas.Os brinquedos e objetos usados pela criança durante a brincadeira também contribuem muito para seu aprendizado, pois cada um deles causa uma sensação diferente e oferece possibilidades diversas, uma criança estimulada pode descobrir brincadeiras tanto em coisas da natureza como em brinquedos sofisticados.
Brincar é possível com e sem brinquedos. Importante mesmo é usar a imaginação.
A brincadeira precisa ter seu espaço e seu tempo na vida das crianças.

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