Por que Aprendemos
Nós aprendemos porque nascemos com uma curiosidade impossível de ser saciada a respeito do mundo em que vivemos. Esta necessidade de aprender está enraizada em nosso ser. É uma característica própria da raça humana. Nós queremos saber das coisas e por isso nós as descobrimos, e, porque queremos saber, lembramos as descobertas. Quando crianças, tudo o que conquistávamos era reforçado por exclamações de alegria e de admiração dos demais membros da família, os quais, consideravam-nos a criança mais inteligente do mundo. Conseguíamos porque acreditávamos em nós mesmos, porque ninguém nos disse nada ao contrário.
Enquanto crescemos, as coisas mudam à medida que as pessoas começam a nos dizer que não somos perfeitos, e elas o fazem pensando no nosso próprio bem. Isso não afeta nossa curiosidade inata, nem nossa necessidade de explorar. O fato de não querermos necessariamente aprender o que outras pessoas acham que deveríamos saber não significa que somos incapazes de aprender. Pense em alguma coisa que você realmente goste de fazer e depois conscientize-se de quanto você aprendeu sobre esse assunto, provavelmente sem fazer o menor esforço. Quando você está se divertindo, o aprendizado simplesmente acontece, sem que você perceba isso. 0 pai de João era um professor de matemática e costumava bater nele quando este não compreendia os problemas aritméticos. Criou-se um trauma, de modo que tudo o que diz respeito a matemática está sempre além da capacidade dele. Só que João acabou sendo carpinteiro por profissão, e usa a álgebra para calcular a quantidade de material necessário, a geometria para desenhar e a aritmética para descobrir qual será o custo final. Felizmente, ninguém lhe disse que tudo isso é matemática; ele acredite que tudo tem que ver com suas peças, de maneira que acha tudo muito simples e natural.
Muitas vezes não nos damos conta do que aprendemos.
Calcula-se quanto de juros você receberá ou pagará ao banco ou a sua administradora de cartão de crédito;
Qual a sua previsão de gastos para o próximo mês;
Quando você realiza uma compra a crédito no comércio;
Quando você realiza um financiamento de algum bem móvel ou imóvel, etc, etc, etc.
É bem verdade que em certas ocasiões cometemos erros.
Todos cometemos erros, e um erro não tem grande importância; ele simplesmente faz parte do processo de aprendizagem.
As coisas armazenadas nos nossos sistemas de crenças não têm necessariamente algo que ver com a realidade. Quando crianças ouvimos vezes sem conta os mais velhos afirmar que éramos tolos e é provável que tenhamos acreditado nisso, uma vez que supostamente essas pessoas sabiam mais coisas e consequentemente deviam estar com a razão. E se acreditamos que não podemos aprender, realmente não seremos capazes de aprender. Por exemplo:
Você vê imagens diante do seu olho mental? Onde se encontram essas diferentes imagens? Elas são coloridas ou estão em branco e preto? São imagens estáticas ou em movimento? Qual é a imagem maior? Qual é a que está mais próxima?
Você ouve sons com seu ouvido mental? Quais são os sons mais altos? Quais os mais próximos? São vozes? Em caso positivo, vozes de quem?
Que sensações você tem a respeito de cada pensamento? Onde você sente essas sensações?
Que outras coisas você percebe com relação ao seu corpo - temperatura, leveza, tamanho e assim por diante?
0 que está acontecendo na sua mente?
Haverá toda uma gama de diferentes reações porque temos um arquivo interior para o que "acreditamos" e outro para o que "não acreditamos"; isso faz parte do modo sofisticado que você desenvolveu no seu cérebro para poder verificar as coisas rapidamente. As coisas nas quais acreditamos e que valorizamos contribuem para nosso senso de identidade. Se sentimos que alguém está atacando nossas crenças, isso pode ser uma ameaça a nossa identidade. Para nos proteger, podemos nos ater as nossas crenças, custe o que custar, recusando a admitir qualquer possibilidade de dúvida, por menor que seja. Você alguma vez já encontrou um baixíssimo nível de entusiasmo quando tentou lançar uma nova idéia ou uma descoberta? Essa reação nada teve de pessoal; você simplesmente abalou o sistema de crenças de alguém e balançou os alicerces que servem de base para uma frágil identidade.
Muitos de nós fomos criados com a curiosa crença "Tudo que vem fácil, vai fácil" ou, de outra forma, "é fácil demais; consequentemente, não pode funcionar".
Há um caso no livro de Diana Beaver – Saiba usar a cabeça, que retrata uma realidade que poderia ser vivida por qualquer um de nós. Ela refere-se a uma menina chamada Rebecca que estava sofrendo terríveis dores de cabeça. A causa era o stress que ela mesmo criava para si na escola, uma vez que tinha arquivado a questão da sua inteligência junto com as coisas nas quais não acreditava. Assim que transferiu esse tema para seu arquivo do "acredito", tudo mudou, e ela foi capaz de continuar com a atividade para a qual tinha nascido.
Ela passou o restante do ano escolar se divertindo até chegar à vésperas da época de exames, quando sua crença na própria inteligência começou a ser abalada. Ela assustou-se com o fato de que seus amigos estavam estudando até três ou quatro horas da manhã, ao passo que durante o ano inteiro ela nada fizera que considerasse trabalhoso; o que aconteceria se ela tivesse cometido um engano, entendendo tudo de forma errada? Ela precisou restaurar sua confiança na própria inteligência. Ela fez provas em nove disciplinas e em todas conseguiu a nota máxima.
Portanto, nunca pense que não aprender esta ou aquela matéria. Nada que é possível de ser aprendido é difícil. Difícil e ter sorte sempre. Nunca pense que você não é capaz.
Em primeiro lugar, somos nós que programamos o nosso cérebro. Ele é nosso, trabalha para nós e faz exatamente o que exigimos dele.
Confie em você!
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